23 Agosto 2017 | Audiência Geral

PAPA FRANCISCO AUDIÊNCIA GERAL

[…] Procurai meditar sobre este trecho da Sagrada Escritura, não de maneira
abstrata, mas depois de ter lido uma crónica dos nossos dias, depois de ter visto o
telejornal ou a primeira página dos jornais, onde há muitas tragédias, onde se
anunciam notícias tristes às quais todos nós corremos o risco de nos habituarmos.
Saudei algumas pessoas de Barcelona: quantas notícias tristes vêm dali! Saudei
algumas pessoas do Congo, e quantas notícias tristes chegam de lá! E muitas
outras! Para mencionar apenas dois países, de vós que estais aqui… Procurai
pensar no rosto das crianças apavoradas pela guerra, no pranto das mães, nos
sonhos interrompidos de tantos jovens, nos refugiados que enfrentam viagens
terríveis e muitas vezes são explorados… Infelizmente, a vida é também isto. Por
vezes diríamos que é sobretudo isto.
alvez. Mas há um Pai que chora connosco; existe um Pai que verte lágrimas de
piedade infinita pelos seus filhos. Temos um Pai que sabe chorar, que chora
connosco. Um Pai que nos espera para nos consolar, porque conhece os nossos
sofrimentos e preparou para nós um futuro diverso. Esta é a grandiosa visão da
esperança cristã, que se dilata ao longo de todos os dias da nossa existência e
deseja consolar-nos. […]