A crise climática tem um “rosto humano”. Representa uma ameaça para uma multidão de pessoas em todo o mundo, forçando os mais vulneráveis a abandonar as suas terras.
A preocupação pastoral da Igreja não podia ficar indiferente a este novo êxodo. As Orientações Pastorais sobre as Pessoas Deslocadas pela Crise Climática destacam os novos desafios colocados pelo atual cenário global e sugerem respostas pastorais adequadas.
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Como diz o Papa Francisco, “estamos no meio de uma emergência”. A atual crise climática ameaça os direitos humanos básicos e as deslocações causadas pelas alterações climáticas estão sempre a aumentar.
Em 2019, 24,9 milhões de pessoas foram deslocadas por esta razão* e, no futuro, inundações, deslizamentos de terras, incêndios, secas e furacões causarão mais deslocações. Estima-se que 250 milhões de pessoas serão deslocadas à força até 2050 e os mais afetados são e serão os grupos mais vulneráveis da sociedade.
*IDMC, Relatório Global sobre Deslocamento Interno de 2020
Fonte: Universidade das Nações Unidas: Instituto para o meio ambiente e a segurança humana.
A crise climática não é uma ameaça futura abstrata. Com um aquecimento de 1,5°C, a subida do nível do mar atingirá 0,77m até 2100, ameaçando cidades e terras agrícolas e de pastagem em todo o mundo.
A atual trajetória global prevê um aumento da temperatura de 3-4°C até 2100.
É imperativo que mudemos de rumo e nos esforcemos por diminuir as emissões de carbono para a atmosfera nos setores da agricultura, energia, indústria, edifícios, transportes e cidades, de modo a limitar o aquecimento global, promovendo as energias renováveis, a energia verde, a arborização, a agricultura sustentável, travando a desflorestação e a degradação dos ecossistemas.
As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, económicas, distributivas e políticas…
– Papa Francisco
Source: Papa Francisco, Laudato Si’: sobre o cuidado da casa comum