28 Agosto 2016 | Angelus

PAPA FRANCISCO ANGELUS

[…] É quanto se descreve na segunda parábola, na qual Jesus indica a atitude de
abnegação que deve caracterizar a hospitalidade; Ele diz assim: «Quando
ofereceres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás
feliz porque eles não podem retribuir-te» (vv. 13-14). Trata-se de escolher a
gratuitidade, em vez do cálculo oportunista que deseja alcançar uma recompensa,
que busca o interesse e que procura enriquecer-se ulteriormente. Com efeito os
pobres, os simples e aqueles que não contam nunca poderão retribuir o convite
para uma ceia. Assim Jesus demonstra a sua preferência pelos pobres e excluídos,
que são os privilegiados do Reino de Deus, e lança a mensagem fundamental do
Evangelho, que consiste em servir o próximo por amor a Deus. Hoje Jesus faz-se
voz de quantos não a têm, dirigindo a cada um de nós um apelo urgente a abrir o
coração e a fazer nossos os sofrimentos e os anseios dos pobres, famintos,
marginalizados, refugiados, derrotados da vida e daqueles que são descartados
pela sociedade e pela prepotência dos mais fortes. E na realidade estes descartados
representam a esmagadora maioria da população. […]