29 Junho 2016 |

FRANCISCO CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA VULTUM DEI QUAERERE

16. A oração litúrgica e pessoal é uma necessidade fundamental para alimentar a
vossa contemplação: se «a oração é o “cerne” da vida consagrada»,[39]por maior
razão o é da vida contemplativa. Hoje, muitas pessoas não sabem rezar. Muitos
simplesmente não sentem a necessidade de rezar, ou reduzem o seu
relacionamento com Deus a uma súplica nos momentos de provação, quando não
sabem para quem se voltar. Outros reduzem a sua oração a um simples louvor nos
momentos de felicidade. Ao rezar e cantar os louvores do Senhor com a Liturgia
das Horas, dais voz também a estas pessoas e, como fizeram os profetas,
intercedeis pela salvação de todos.[40] A oração pessoal ajudar-vos-á a
permanecer unidas ao Senhor, como os ramos à videira, e assim a vossa vida dará
fruto em abundância (cf. Jo 15, 1-15). Lembrai-vos, porém, de que a vida de
oração e a vida contemplativa não podem ser vividas como uma espécie de retirada
fechando-vos em vós mesmas, mas devem dilatar o coração para abraçar a
humanidade inteira, especialmente aquela que sofre. […]