[…] E depois, esta concretude [é necessária] também no acolhimento. Muitos dos vossos exemplos, que destes hoje, dizem respeito ao acolhimento. Michel formulou esta pergunta: “Como vencer a mentalidade cada vez mais difundida, que vê no estrangeiro, no diferente, no migrante, um perigo, o mal, o inimigo que deve ser expulso?”. É isto a mentalidade da exploração das pessoas, de tornar escravos os mais frágeis. Isto é fechar não apenas as portas, é fechar as mãos. E hoje estão um pouco na moda os populismos, que nada têm a ver com aquilo que é popular. Popular é a cultura do povo, a cultura de cada um dos vossos povos, que se exprime na arte, na cultura, na ciência do povo, na festa! Cada povo faz festa à sua maneira. Isto é popular. Mas o populismo é o contrário: é o fechamento do mesmo segundo um modelo. Estamos fechados, estamos sozinhos. E quando estamos fechados, não conseguimos ir em frente. Estai atentos! É a mentalidade sobre a qual Michel falou: “Como vencer a mentalidade cada vez mais difundida, que vê no estrangeiro, no diferente, no migrante, um perigo, o mal, o inimigo que deve ser expulso?”. Ela derrota-se mediante o abraço, com a hospitalidade, com o diálogo, com o amor, o qual é a palavra que abre todas as portas. […]