Estimadas Autoridades, Eminências, Excelências,
Amados irmãos e irmãs!
Na minha peregrinação, desejei ardentemente encontrar-me convosco que, devido
a conflitos sangrentos, tivestes de deixar as vossas casas e a vossa pátria,
encontrando refúgio nesta terra hospitaleira da Jordânia e também convosco,
queridos jovens, que sentis o peso de alguma limitação física.[…]
[…] Agradeço às autoridades e ao povo jordano pela generosa hospitalidade dada a
um número altíssimo de refugiados provenientes da Síria e do Iraque, e estendo os
meus agradecimentos a todos aqueles que lhes prestam ajuda nas várias obras de
assistência e solidariedade. Penso também na obra de caridade realizada por
instituições da Igreja como a Cáritas Jordana e outras que, assistindo os
necessitados sem distinção de crença religiosa, filiação étnica ou ideológica,
manifestam o esplendor do rosto caritativo de Jesus, que é misericordioso. Deus
todo-poderoso e clemente vos abençoe a todos e a cada um dos vossos esforços
por aliviar os sofrimentos causados pela guerra!
Faço apelo à comunidade internacional para que não deixe sozinha a Jordânia, tão
acolhedora e corajosa, a enfrentar a emergência humanitária provocada pela
chegada ao seu território de um número tão alto de refugiados, mas continue e
incremente a sua acção de apoio e ajuda. Renovo o meu apelo mais veemente pela
paz na Síria. Cessem as violências e seja respeitado o direito humanitário,
garantindo a necessária assistência à população que sofre! Todos ponham de parte
a pretensão de deixar às armas a solução dos problemas e voltem ao caminho das
negociações. Na realidade, a solução só pode vir do diálogo e da moderação, da
compaixão por quem sofre, da busca de uma solução política e do sentido de
responsabilidade pelos irmãos. […]