[…] E passo a responder à pergunta de Luigi: ele falava de um projecto de partilha,
ou seja, de ligação, de construção. Devemos dar continuidade aos nossos projectos
de construção, e assim esta vida não desilude. Se te associares a um projecto de
construção, de ajuda — pensemos nas crianças de rua, nos migrantes, em tantos
que vivem em necessidade, e não para lhes dar de comer só um, dois dias, mas
para os promover com a educação, com a unidade na alegria dos Oratórios e tantas
coisas, mas realidades que edificam, então afasta-se, esmorece aquele sentido de
desconfiança na vida. Que devo fazer por isto? Não se aposentar demasiado cedo:
agir. Agir . E digo o seguinte: ir contracorrente. Ir contracorrente. Para vós, jovens,
que viveis esta situação económica, também cultural, hedonista, consumista com
os valores de «bolhas de sabão», com estes valores não se vai a lado algum. Fazer
coisas construtivas, mesmo se são pequenas, mas que nos unam aos nossos ideais:
é este o melhor antídoto contra a desconfiança da vida, contra esta cultura que te
oferece apenas o prazer: estar bem, ter dinheiro e não pensar noutras coisas. […]