Queridos amigos, bom dia!
[…] Os argumentos e as problemáticas que tratastes têm um rosto. Com efeito,
cada um de vós pode descrever as esperanças e os sonhos, os desafios e os
sofrimentos que caracterizam o povo do vosso país. Nestes dias aprendestes muito
uns com os outros e recordar-vos-eis reciprocamente que, por detrás de cada
dificuldade que o mundo enfrenta há homens e mulheres, crianças e idosos,
pessoas como vós. Há famílias e indivíduos que vivem a lutar todos os dias, que
procuram cuidar dos próprios filhos e providenciar para eles não só o futuro mas
também as necessidades elementares do hoje. Assim, muitos que são atingidos
pelos problemas mais graves do mundo atual, pela violência e intolerância,
tornaram-se refugiados, tragicamente obrigados a abandonar as suas casas,
expropriados da sua terra e da liberdade. […]
Espero também que esta vossa experiência vos tenha levado a ver o compromisso
da Igreja Católica em servir as necessidades dos pobres e dos refugiados, apoiar as
famílias e as comunidades e proteger a inalienável dignidade e os direitos de cada
membro da família humana. Nós cristãos acreditamos que Jesus nos chama para
servir os nossos irmãos e irmãs, a cuidar dos outros, independentemente da sua
proveniência e das circunstâncias. Todavia, não é somente um distintivo dos
cristãos mas uma chamada universal radicada na nossa comum humanidade, algo
que possuímos como indivíduos, que temos dentro como pessoas humanas![…]