[…] Uma grande preocupação é causada pelas condições de vida dos cristãos, que
em muitas partes do Médio Oriente sofrem de maneira particularmente grave as
consequências das tensões e dos conflitos em acto. A Síria, o Iraque, o Egipto e
outras áreas da Terra Santa, às vezes derramam lágrimas. O Bispo de Roma não
estará em paz enquanto houver homens e mulheres, de qualquer religião, feridos
na sua dignidade, desprovidos do necessário para a sobrevivência, privados do
futuro, obrigados à condição de prófugos e refugiados. Hoje, juntamente com os
Pastores das Igrejas do Oriente, dirigimos um apelo a fim de que seja respeitado o
direito de todos a uma vida digna e a professar livremente a própria fé. Não nos
resignemos a pensar no Médio Oriente sem os cristãos, que há dois mil anos
confessam o nome de Jesus, inseridos plenamente como cidadãos na vida social,
cultural e religiosa das nações às quais pertencem.[…]