[…] Por conseguinte, gostaria de vos agradecer pelo que fazeis. Porque nos ajudais a não esquecer as vidas que são sufocadas ainda antes de nascer; as que, acabadas de nascer, são apagadas pela fome, pelas necessidades, pela falta de cuidado, pelas guerras; as vidas das crianças-soldado, as vidas das crianças violadas. Ajudai-nos a não esquecer muitas mulheres e homens perseguidos pela sua fé ou etnia. Permitome fazer uma pergunta: quem fala hoje dos Rohingyas? Quem fala atualmente dos Yazidis? Estão esquecidos e continuam a sofrer. Ajudai-nos a não esquecermos de que quantos são obrigados — por calamidades, guerras, terrorismo, fome e sede — a deixar a própria terra não são um número, mas um rosto, uma história, um desejo de felicidade. A vossa Presidente falou dos migrantes: não nos esqueçamos deste Mediterrâneo que se está a transformar em cemitério. […]