30 Julho 2016 | Homília

SANTA MISSA COM SACERDOTES, RELIGIOSAS E RELIGIOSOS, LEIGOS CONSAGRADOS E SEMINARISTAS DA POLÓNIA HOMILIA DO SANTO PADRE

[…] Por fim, no último versículo que ouvimos, fala-se de um livro: é o Evangelho,
onde não foram escritos muitos outros sinais realizados por Jesus (v. 30). Depois
do grande sinal da sua misericórdia – poderíamos supor –, já não foi necessário
acrescentar mais. Mas há ainda um desafio, há espaço para sinais feitos por nós,
que recebemos o Espírito do amor e somos chamados a difundir a misericórdia.
Poder-se-ia dizer que o Evangelho, livro vivo da misericórdia de Deus que devemos
ler e reler continuamente, ainda tem páginas em branco no final: permanece um
livro aberto, que somos chamados a escrever com o mesmo estilo, isto é,
cumprindo obras de misericórdia. Pergunto-vos, queridos irmãos e irmãs: Como são
as páginas do livro de cada um de vós? Estão escritas todos os dias? Estão escritas
a meias? Estão em branco? Nisto, venha em nossa ajuda a Mãe de Deus: Ela, que
acolheu plenamente a Palavra de Deus na vida (cf. Lc 8, 20-21), nos dê a graça de
sermos escritores viventes do Evangelho; a nossa Mãe da Misericórdia nos ensine a
cuidar concretamente das chagas de Jesus nos nossos irmãos e irmãs que passam
necessidade, tanto dos vizinhos como dos distantes, tanto do doente como do
migrante, porque, servindo quem sofre honra-se a carne de Cristo. Que a Virgem
Maria nos ajude a gastarmo-nos completamente pelo bem dos fiéis que nos estão
confiados e a cuidarmos uns dos outros como verdadeiros irmãos e irmãs na
comunhão da Igreja, a nossa santa Mãe. […]