16 Março 2016 | Audiência Geral

PAPA FRANCISCO AUDIÊNCIA GERAL

[…] Por vezes, também nós podemos viver uma espécie de exílio, quando a
solidão, o sofrimento e a morte nos fazem pensar que fomos abandonados por
Deus. Quantas vezes ouvimos estas palavras: «Deus esqueceu-se de mim»: são
pessoas que sofrem e se sentem abandonadas. E quantos irmãos nossos, por sua
vez, estão a viver neste tempo uma real e dramática situação de exílio, distantes
da sua pátria, tendo ainda nos olhos os destroços das suas casas, no coração o
medo e muitas vezes, infelizmente, a dor pela perda de entes queridos! Nestes
casos, podemos questionar-nos: onde está Deus? Como é possível que tanto
sofrimento possa abater-se sobre homens, mulheres e crianças inocentes? E
quando procuram entrar nalguma parte são-lhe fechadas as portas. E estão ali, na
fronteira porque estão fechadas muitas portas e muitos corações. Os migrantes de
hoje que sofrem o frio, sem alimentos e não podem entrar, não sentem o
acolhimento. Fico muito feliz quando ouço ou vejo que há nações, governantes, que
lhes abrem o coração e as portas! […]