[…] Não podemos ficar indiferentes. Hoje o mundo tem uma sede ardente de paz.
Em muitos países, sofre-se por guerras, tantas vezes esquecidas, mas sempre
causa de sofrimento e pobreza. Em Lesbos, com o querido Patriarca Ecuménico
Bartolomeu, vimos nos olhos dos refugiados o sofrimento da guerra, a angústia de
povos sedentos de paz. Penso em famílias, cuja vida foi transtornada; nas crianças,
que na vida só conheceram violência; nos idosos, forçados a deixar as suas terras:
todos eles têm uma grande sede de paz. Não queremos que estas tragédias caiam
no esquecimento. Desejamos dar voz em conjunto a quantos sofrem, a quantos se
encontram sem voz e sem escuta. Eles sabem bem – muitas vezes melhor do que
os poderosos – que não há qualquer amanhã na guerra e que a violência das armas
destrói a alegria da vida.[…]