Queridos irmãos e irmãs
[…]Exprimo a minha gratidão pelo vosso generoso compromisso ao serviço das
jovens que vivem em situações de precariedade e de sofrimento. O aumento
significativo do seu número e as várias formas de pobreza que as atingem
interpelam-nos e devem suscitar uma nova criatividade, para lhes oferecer o apoio
material e espiritual de que necessitam. Sim, é uma verdadeira felicidade servir os
outros, como Jesus. Mediante as actividades permanentes de acolhimento —
quanta necessidade de acolhimento têm estas jovens, quanta necessidade de
acolhimento! — e também através de uma reflexão para enfrentar os novos
desafios gerados pelo mundo de hoje, como por exemplo o fenómeno migratório, a
vossa acção quer estar ao serviço da vida e da dignidade da pessoa,
testemunhando que «a verdadeira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do
dom de si mesmo… do serviço» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 88). As jovens que
vós acompanhais têm, em primeiro lugar, a necessidade de atenção e de escuta.
Aquele «apostolado do ouvido» tão humano e tão divino cansa, é cansativo, mas
faz muito bem! Elas precisam disso. Assim podeis ajudá-las a crescer na confiança,
a encontrar pontos de referência e a progredir na maturidade humana e espiritual,
alimentada pelos valores evangélicos. Possais ser em relação a elas testemunhas
críveis, para que façam a experiência da alegria de saber que são amadas por
Deus, seu Pai, e chamadas à felicidade! […]