Não se trata apenas de migrantes. Trata-se também dos nossos medos.
“Perante as maldades e os horrores do nosso tempo, somos tentados a abandonar o nosso sonho de liberdade. Assim, fechamo-nos em nós mesmos, em nossas frágeis seguranças humanas, no círculo das pessoas amadas, em nossa rotina tranquilizadora. Esse fechamento em nós mesmos, sinal de derrota, aumenta nosso medo dos “outros”, dos desconhecidos, dos marginalizados, dos estrangeiros. Isto é particularmente evidente hoje em dia, face à chegada de migrantes e refugiados que batem à nossa porta em busca de proteção, segurança e um futuro melhor. Não é fácil entrar na cultura que nos é estranha, colocar-se no lugar de pessoas tão diferentes de nós, compreender seus pensamentos e suas experiências. Assim, muitas vezes, renunciamos ao encontro com o outro e levantamos barreiras para nos defendermos. Ao invés disso, somos chamados a superar o medo para nos abrirmos ao encontro.” Papa Francisco
