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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOAOS PREFEITOSDE VÁRIAS CIDADES DA ITÁLIA

Senhor Ministro
Ilustres Prefeitos
[…] Durante estes anos, caracterizados pela incidência particular do movimento
migratório, vinculada ao aumento de conflitos violentos no mundo, com as suas
trágicas consequências sobre as pessoas e também sobre as economias de muitos
países, as competências dos prefeitos em matéria de imigração revestem uma
delicadeza especial. Elas exigem que se encontre na gestão quotidiana das
situações, muitas vezes de emergência, a aplicação correcta das normas para
garantir, em fidelidade ao ditado da lei e às outras disposições em vigor, o respeito
escrupuloso pelos direitos fundamentais de cada pessoa humana. E aqui,
inspirando-me em quanto disse o Senhor Ministro, gostaria de manifestar o meu
profundo reconhecimento pelo compromisso assumido por todos vós, Prefeitos, na
coordenação da hospitalidade a milhares de homens, mulheres e crianças que
chegam ao litoral italiano. […]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOAOS BISPOS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL DA GRÉCIAEM VISITA “AD LIMINA APOSTOLORUM”

Amados Irmãos Bispos
[…] Esta diaconia da fraternidade, por um lado, postula a preservação e o
fortalecimento das tradições culturais e das raízes cristãs da sociedade helénica, e
por outro exige uma abertura aos valores culturais e espirituais de que são
portadores os numerosos imigrantes, em espírito de hospitalidade sincera em
relação a tais irmãos e irmãs, sem distinção de raça, língua ou credo religioso. As
vossas comunidades cristãs, mostrando-se verdadeiramente unidas entre si e, ao
mesmo tempo, abertas ao encontro e à hospitalidade, de maneira especial no que
se refere às pessoas mais necessitadas, podem contribuir realmente para
transformar a sociedade, com a finalidade de a tornar mais conforme com o ideal
evangélico. Alegra-me saber que já estais comprometidos nesta obra pastoral e
caritativa, sobretudo a favor dos imigrantes, inclusive dos irregulares, muitos dos
quais são católicos. Encorajo-vos de todo o coração a continuar com um renovado
impulso evangelizador, comprometendo nesta actividade de forma especial os
jovens: eles representam o porvir da Nação.[…]

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ENCONTRO DAS FAMÍLIASDISCURSO DO SANTO PADRE

Queridas famílias,
Queridos amigos em Cristo!
[…] Hoje os pesos que gravam sobre a vida da família são muitos. Aqui, nas
Filipinas, inumeráveis famílias sofrem ainda as consequências das catástrofes
naturais. A situação económica provocou a fragmentação das famílias com a
emigração e a busca de um emprego, para além dos problemas financeiros que
atormentam muitos lares domésticos. Enquanto muitas pessoas vivem em pobreza
extrema, outras caem nas malhas do materialismo e de estilos de vida que abolem
a vida familiar e as exigências mais fundamentais da moral cristã. Estas são as
colonizações ideológicas. A família está ameaçada também pelos crescentes
esforços de alguns em redefinir a própria instituição do matrimónio mediante o
relativismo, a cultura do efémero, a falta de abertura à vida. […]

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HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

[…] Deste modo, podemos interrogar-nos: Qual é o mistério onde Deus Se
esconde? Onde posso encontrá-Lo? Ao nosso redor, vemos guerras, exploração de
crianças, torturas, tráficos de armas, comércio de pessoas… Em todas estas
realidades, em todos estes irmãos e irmãs mais pequeninos que sofrem por tais
situações, está Jesus (cf. Mt 25, 40.45). O presépio propõe-nos um caminho
diferente do sonhado pela mentalidade mundana: é o caminho do abaixamento de
Deus, aquela humildade do amor de Deus que Se abaixa, aniquila, a sua glória
escondida na manjedoura de Belém, na cruz do Calvário, no irmão e na irmã que
sofre. […]

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MENSAGEM «URBI ET ORBI»DO PAPA FRANCISCONATAL DE 2014

[…] A Ele, Salvador do mundo, peço hoje que olhe para os nossos irmãos e irmãs
do Iraque e da Síria que há tanto tempo sofrem os efeitos do conflito em curso e,
juntamente com os membros de outros grupos étnicos e religiosos, padecem uma
perseguição brutal. Que o Natal lhes dê esperança, como aos inúmeros
desalojados, deslocados e refugiados, crianças, adultos e idosos, da Região e do
mundo inteiro; mude a indiferença em proximidade e a rejeição em acolhimento,
para que todos aqueles que agora estão na provação possam receber a ajuda
humanitária necessária para sobreviver à rigidez do inverno, retornar aos seus
países e viver com dignidade. Que o Senhor abra os corações à confiança e dê a
sua paz a todo o Médio Oriente, a começar pela Terra abençoada do seu
nascimento, sustentando os esforços daqueles que estão activamente empenhados
no diálogo entre Israelitas e Palestinianos.[…]
[…]Jesus salve as inúmeras crianças vítimas de violência, feitas objecto de
comércio ilícito e tráfico de pessoas, ou forçadas a tornar-se soldados; crianças,
tantas crianças vítimas de abuso. Dê conforto às famílias das crianças que, na
semana passada, foram assassinadas no Paquistão. Acompanhe todos os que
sofrem pelas doenças, especialmente as vítimas da epidemia de ébola, sobretudo
na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Ao mesmo tempo que do íntimo do coração
agradeço àqueles que estão trabalhando corajosamente para assistir os doentes e
os seus familiares, renovo um premente apelo a que sejam garantidas a assistência
e as terapias necessárias.
Jesus Menino. Penso em todas as crianças assassinadas e maltratadas hoje, seja
naquelas que o são antes de ver a luz, privadas do amor generoso dos seus pais e
sepultadas no egoísmo duma cultura que não ama a vida; seja nas crianças
desalojadas devido às guerras e perseguições, abusadas e exploradas sob os
nossos olhos e o nosso silêncio cúmplice; seja ainda nas crianças massacradas nos
bombardeamentos, inclusive onde o Filho de Deus nasceu. Ainda hoje o seu silêncio
impotente grita sob a espada de tantos Herodes. Sobre o seu sangue, estende-se
hoje a sombra dos Herodes do nosso tempo. Verdadeiramente há tantas lágrimas

neste Natal que se juntam às lágrimas de Jesus Menino!.[…]

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CARTA DO PAPA FRANCISCOAOS CRISTÃOS DO MÉDIO ORIENTE

[…] Ao dirigir-me a vós, não posso esquecer também outros grupos religiosos e
étnicos que sofrem de igual modo a perseguição e as consequências de tais
conflitos. Acompanho dia-a-dia as notícias do sofrimento enorme de tantas pessoas
no Médio Oriente. Penso especialmente nas crianças, nas mães, nos idosos, nos
deslocados e nos refugiados, em quantos padecem a fome, naqueles que têm de
enfrentar a dureza do Inverno sem um tecto para se protegerem. Este sofrimento
brada a Deus e faz apelo ao compromisso de todos nós por meio da oração e de
todo o tipo de iniciativa. Desejo exprimir a todos unidade e solidariedade, minha e
da Igreja, e oferecer uma palavra de consolação e de esperança. […]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOA SUA BEATITUDE IGNACE YOUSSIF III YOUNANPATRIARCA DE ANTIOQUIA DOS SÍRIOSE À COMUNIDADE SÍRIO-ANTIOQUENA

Beatitude Excelências, Reverendos Padres
Queridos irmãos e irmãs!
[…] TMuitos fugiram a fim de se proteger contra uma desumanidade que põe na rua
populações inteiras, deixando-as sem meios de subsistência. Com as outras Igrejas
procurai coordenar os vossos esforços para satisfazer as necessidades humanitárias
de quantos permaneceram na pátria e também dos que se refugiaram noutros
países.[…]

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MENSAGEM DO SANTO PADREFRANCISCOPARA A CELEBRAÇÃO DOXLVIII DIA MUNDIAL DA PAZ1o DE JANEIRO DE 2015JÁ NÃO ESCRAVOS, MAS IRMÃOS

[…] Penso também nas condições de vida de muitos migrantes que, ao longo do
seu trajecto dramático, padecem a fome, são privados da liberdade, despojados dos
seus bens ou abusados física e sexualmente. Penso em tantos deles que, chegados
ao destino depois duma viagem duríssima e dominada pelo medo e a insegurança,
ficam detidos em condições às vezes desumanas. Penso em tantos deles que
diversas circunstâncias sociais, políticas e económicas impelem a passar à
clandestinidade, e naqueles que, para permanecer na legalidade, aceitam viver e
trabalhar em condições indignas, especialmente quando as legislações nacionais
criam ou permitem uma dependência estrutural do trabalhador migrante em
relação ao dador de trabalho como, por exemplo, condicionando a legalidade da
estadia ao contrato de trabalho… Sim! Penso no «trabalho escravo».[…]
[…] Não posso deixar de pensar a quantos, menores e adultos, são objecto de
tráfico e comercialização para remoção de órgãos, para ser recrutados como
soldados, para servir de pedintes, para actividades ilegais como a produção ou
venda de drogas, ou para formas disfarçadas de adopção internacional.[…]
[…] Juntamente com esta causa ontológica – a rejeição da humanidade no outro –,
há outras causas que concorrem para se explicar as formas actuais de escravatura.
Entre elas, penso em primeiro lugar na pobreza, no subdesenvolvimento e na
exclusão, especialmente quando os três se aliam com a falta de acesso à educação
ou com uma realidade caracterizada por escassas, se não mesmo inexistentes,
oportunidades de emprego. Não raro, as vítimas de tráfico e servidão são pessoas
que procuravam uma forma de sair da condição de pobreza extrema e, dando
crédito a falsas promessas de trabalho, caíram nas mãos das redes criminosas que
gerem o tráfico de seres humanos. Estas redes utilizam habilmente as tecnologias
informáticas modernas para atrair jovens e adolescentes de todos os cantos do
mundo.
Entre as causas da escravatura, deve ser incluída também a corrupção daqueles
que, para enriquecer, estão dispostos a tudo. Na realidade, a servidão e o tráfico
das pessoas humanas requerem uma cumplicidade que muitas vezes passa através
da corrupção dos intermediários, de alguns membros das forças da polícia, de
outros actores do Estado ou de variadas instituições, civis e militares. «Isto
acontece quando, no centro de um sistema económico, está o deus dinheiro, e não
o homem, a pessoa humana. Sim, no centro de cada sistema social ou económico,
deve estar a pessoa, imagem de Deus, criada para que fosse o dominador do
universo. Quando a pessoa é deslocada e chega o deus dinheiro, dá-se esta
inversão de valores».[5] […]

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[…] 5. Quando se observa o fenómeno do comércio de pessoas, do tráfico ilegal de
migrantes e de outras faces conhecidas e desconhecidas da escravidão, fica-se
frequentemente com a impressão de que o mesmo tem lugar no meio da
indiferença geral.
Sem negar que isto seja, infelizmente, verdade em grande parte, apraz-me
mencionar o enorme trabalho que muitas congregações religiosas, especialmente
femininas, realizam silenciosamente, há tantos anos, a favor das vítimas. Tais
institutos actuam em contextos difíceis, por vezes dominados pela violência,
procurando quebrar as cadeias invisíveis que mantêm as vítimas presas aos seus
traficantes e exploradores; cadeias, cujos elos são feitos não só de subtis
mecanismos psicológicos que tornam as vítimas dependentes dos seus algozes,
através de chantagem e ameaça a eles e aos seus entes queridos, mas também
através de meios materiais, como a apreensão dos documentos de identidade e a
violência física. A actividade das congregações religiosas está articulada a três
níveis principais: o socorro às vítimas, a sua reabilitação sob o perfil psicológico e
formativo e a sua reintegração na sociedade de destino ou de origem.[…]
[…] As organizações intergovernamentais são chamadas, no respeito pelo princípio
da subsidiariedade, a implementar iniciativas coordenadas para combater as redes
transnacionais do crime organizado que gerem o mercado de pessoas humanas e o
tráfico ilegal dos migrantes. Torna-se necessária uma cooperação a vários níveis,
que englobe as instituições nacionais e internacionais, bem como as organizações
da sociedade civil e do mundo empresarial.
[…]Com efeito, as empresas[6] têm o dever não só de garantir aos seus
empregados condições de trabalho dignas e salários adequados, mas também de
vigiar por que não tenham lugar, nas cadeias de distribuição, formas de servidão ou
tráfico de pessoas humanas. A par da responsabilidade social da empresa, aparece
depois a responsabilidade social do consumidor. Na realidade, cada pessoa deveria
ter consciência de que «comprar é sempre um acto moral, para além de
económico».[7][…]
[…] Nos últimos anos, a Santa Sé, acolhendo o grito de sofrimento das vítimas do
tráfico e a voz das congregações religiosas que as acompanham rumo à libertação,
multiplicou os apelos à comunidade internacional pedindo que os diversos actores
unam os seus esforços e cooperem para acabar com este flagelo.[8] Além disso,
foram organizados alguns encontros com a finalidade de dar visibilidade ao
fenómeno do tráfico de pessoas e facilitar a colaboração entre os diferentes actores,
incluindo peritos do mundo académico e das organizações internacionais, forças da
polícia dos diferentes países de origem, trânsito e destino dos migrantes, e
representantes dos grupos eclesiais comprometidos em favor das vítimas. Espero
que este empenho continue e se reforce nos próximos anos.
Globalizar a fraternidade, não a escravidão nem a indiferença
6. Na sua actividade de «proclamação da verdade do amor de Cristo na
sociedade»,[9] a Igreja não cessa de se empenhar em acções de carácter caritativo
guiada pela verdade sobre o homem. Ela tem o dever de mostrar a todos o
caminho da conversão, que induz a voltar os olhos para o próximo, a ver no outro –

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seja ele quem for – um irmão e uma irmã em humanidade, a reconhecer a sua
dignidade intrínseca na verdade e na liberdade, como nos ensina a história de
Josefina Bakhita, a Santa originária da região do Darfur, no Sudão. Raptada por
traficantes de escravos e vendida a patrões desalmados desde a idade de nove
anos, haveria de tornar-se, depois de dolorosas vicissitudes, «uma livre filha de
Deus» mediante a fé vivida na consagração religiosa e no serviço aos outros,
especialmente aos pequenos e fracos. Esta Santa, que viveu a cavalo entre os
séculos XIX e XX, é também hoje testemunha exemplar de esperança[10] para as
numerosas vítimas da escravatura e pode apoiar os esforços de quantos se dedicam
à luta contra esta «ferida no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na
carne de Cristo».[11]
Nesta perspectiva, desejo convidar cada um, segundo a respectiva missão e
responsabilidades particulares, a realizar gestos de fraternidade a bem de quantos
são mantidos em estado de servidão. Perguntemo-nos, enquanto comunidade e
indivíduo, como nos sentimos interpelados quando, na vida quotidiana, nos
encontramos ou lidamos com pessoas que poderiam ser vítimas do tráfico de seres
humanos ou, quando temos de comprar, se escolhemos produtos que poderiam
razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Há alguns de nós que, por
indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões
económicas, fecham os olhos. Outros, pelo contrário, optam por fazer algo de
positivo, comprometendo-se nas associações da sociedade civil ou praticando no
dia-a-dia pequenos gestos como dirigir uma palavra, trocar um cumprimento, dizer
«bom dia» ou oferecer um sorriso; estes gestos, que têm imenso valor e não nos
custam nada, podem dar esperança, abrir estradas, mudar a vida a uma pessoa
que tacteia na invisibilidade e mudar também a nossa vida face a esta
realidade.[…]

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MENSAGEM DO PAPA FRANCISCOÀ 2a CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DO GRUPO SANTA MARTA

Ao Cardeal Vincent Nichols
Arcebispo de Westminster
Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales
Saúdo Vossa Eminência e todos os delegados reunidos nesta conferência para
debater os esforços constantes na luta contra o tráfico de seres humanos. Estou
profundamente grato a quantos estão presentes pela sua determinação em
combater este mal e pelo compromisso a prosseguir o trabalho iniciado durante a
conferência que se realizou no Vaticano em Abril deste ano. Os vossos esforços
para promover o diálogo permanente sobre os remédios legais para o tráfico de
seres humanos e sobre a assistência fundamental a quantos sofrem esta escravidão
são particularmente importantes considerando a natureza deste crime. Nunca
devemos esquecer, nem podemos ignorar, o sofrimento de tantos homens,
mulheres e crianças, cuja dignidade humana é violada através desta exploração.
Agradeço ao Secretário de Estado para os Assuntos Internos do Governo Britânico,
ao Chefe da polícia metropolitana e à Conferência episcopal da Inglaterra e Gales
por ter organizado este evento, assim como aos delegados, que demonstram de
novo o seu compromisso através da participação nesta iniciativa. Ao garantir que a
Igreja permanece firme no seu compromisso para combater o tráfico de seres
humanos e a ocupar-se das vítimas desta chaga, ofereço a promessa das minhas
orações para que Deus Omnipotente possa abençoar e guiar os vossos esforços.

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOÀ FEDERAÇÃO DOS ORGANISMOS CRISTÃOSDE SERVIÇO INTERNACIONAL VOLUNTÁRIO (FOCSIV)

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
[…] Muitos dos países nos quais trabalhais conhecem o escândalo da guerra.
Trabalhando pelo progresso dos povos, vós cooperais também na construção da
paz, procurando com tenacidade perseverante desarmar as mentes, aproximar as

pessoas, construir pontes entre as culturas e as religiões. A fé ajudar-vos-á a fazê-
lo também nos países mais difíceis, onde a espiral da violência parece não deixar

espaço ao bom senso. Um sinal de paz e de esperança é a vossa actividade nos
campos de prófugos, onde encontrais pessoas desesperadas, rostos marcados pela
prepotência, crianças que têm fome de alimentos, de liberdade e de futuro.
Quantas pessoas no mundo fogem dos horrores da guerra! Quantas pessoas são
perseguidas por causa da sua fé, obrigadas a abandonar as suas casas, os seus
lugares de culto, as suas terras, os seus afectos! Quantas vidas despedaçadas!
Quanto sofrimento e destruição! Face a tudo isto o discípulo de Cristo não se
recusa, não volta a cara para o outro lado, mas procura ocupar-se desta
humanidade dolorida, com proximidade e acolhimento evangélico.
Penso nos marginalizados e nos refugiados, os quais procuram deixar atrás de si
condições de vida e perigos de todos os géneros. É necessária a colaboração de
todos, instituições, ONGs e comunidades eclesiais, para promover percursos de
convivência harmoniosa entre pessoas e culturas diversas. Os movimentos
migratórios solicitam modalidades de acolhimento adequadas que não deixem os
migrantes à mercê do mar e de bandos de traficantes sem escrúpulos. Ao mesmo
tempo, é necessária uma colaboração efectiva entre os Estados, para regular e
gerir eficazmente estes fenómenos. […]