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REGINA COELI

Amados irmãos e irmãs, bom dia!
[…]É precisamente o amor de Cristo, que o Espírito Santo derrama nos nossos
corações, que realiza todos os dias prodígios na Igreja e no mundo. São tantos
pequenos e grandes gestos que obedecem ao mandamento do Senhor: «Amai-vos
uns aos outros como Eu vos amei» (cf. Jo 15, 12). Gestos pequenos, de todos os
dias, gestos de proximidade a um idoso, a um doente, a uma pessoa sozinha e em
dificuldade, sem casa, sem trabalho, imigrada, rejeitada… Graças à força desta
Palavra de Cristo, cada um de nós pode estar próximo do irmão e da irmã que
encontra. Gestos de proximidade. Nestes gestos manifesta-se o amor que Cristo
nos ensinou.[…]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOAOS BISPOS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL DE MOÇAMBIQUEEM VISITA “AD LIMINA APOSTOLORUM”

Amados Irmãos no episcopado!
[…] Todos recebemos a água do Baptismo, partilhamos a mesma Eucaristia,
possuímos o mesmo e único Espírito Santo, que nos recorda o que Jesus nos
ensinou. Pois bem! A primeira coisa que Jesus nos ensina é esta: encontrar-se e,
encontrando, ajudar. O encontro com o outro alarga o coração, multiplica a
capacidade de amar. Os Pastores e os fiéis de Moçambique precisam de
desenvolver mais a cultura do encontro. Jesus pede-vos apenas uma coisa: que
vades, procureis e encontreis os mais necessitados. Como não pensar aqui nas
vítimas das calamidades naturais? Estas não cessam de semear destruição,
sofrimento e morte – como ainda há pouco, infelizmente, fomos testemunhas –,
aumentando o número de deslocados e refugiados. Estas pessoas precisam que
partilhemos a sua dor, as suas ânsias, os seus problemas. Precisam que as olhemos
com amor; é preciso ir ao encontro delas, como fazia Jesus.[…]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOÀ COMISSÃO CONJUNTA DA CONFERÊNCIA DAS IGREJAS EUROPEIAS(CEC)E CONSELHO DAS CONFERÊNCIAS EPISCOPAIS DA EUROPA (CCEE)

Estimados irmãos e irmãs!
[…] Hoje as Igrejas e as Comunidades eclesiais na Europa devem enfrentar desafios
novos e determinantes, aos quais darão respostas eficazes se falarem em uníssono.
Penso, por exemplo, no desafio representado por legislações que, em nome de um
princípio de tolerância mal interpretado, acabam por impedir que os cristãos
manifestem livremente e ponham em prática de modo pacífico e legítimo as suas
convicções religiosas. Além disso, diante da atitude com a qual a Europa parece
enfrentar a dramática e muitas vezes trágica migração de milhares de pessoas em
fuga de guerras, perseguições e miséria, as Igrejas e as Comunidades eclesiais na
Europa têm o dever de colaborar para promover a solidariedade e o acolhimento.
Os cristãos da Europa são chamados a interceder com a oração e a agir
concretamente para promover o diálogo e a paz nos conflitos actuais.[…]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOÀ SRA. ANTJE JACKELÉN, ARCEBISPA DE UPPSALADA IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DA SUÉCIA

Estimada Senhora Jackelén, estimada irmã, queridos amigos!

[…] Gostaria de agradecer mais duas coisas. Antes de tudo, à Igreja Luterana
sueca, pelo acolhimento de tantos migrantes da América do Sul na época das
ditaduras. Acolhimento fraterno que fez crescer as famílias. E em segundo lugar,
desejo agradecer a delicadeza que a Senhora, querida irmã, teve ao nomear o meu
grande amigo, o pastor Anders Root: com ele partilhámos a cátedra de teologia
espiritual e ajudou-me tanto na vida espiritual. Thank you.

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOAOS BISPOS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL DO CONGOEM VISITA AD LIMINA APOSTOLORUM”

Amados irmãos no Episcopado!
[…] A evangelização em profundidade constitui outro grande desafio. Portanto, ela
requer necessariamente uma atenção particular às condições de vida concretas das
populações, isto é, à promoção da pessoa humana. Também neste aspecto, o
compromisso da Igreja católica no Congo é importante: quer se trate do campo da
educação, da saúde, da assistência às diversas categorias de pessoas necessitadas,
como os refugiados dos países vizinhos, as vossas comunidades diocesanas dão
uma considerável contribuição. Com a generosidade e dedicação do bom
samaritano, elas dedicam-se incansavelmente ao serviço dos seus irmãos e irmãs.
Como pastores, continuareis a vigiar para que a pastoral social seja antes de tudo
realizada no espírito do Evangelho e sentida cada vez melhor como uma obra de
evangelização, e não como a acção de uma Organização não governamental. […]

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ENCONTRO DO PAPA FRANCISCOCOM AS COMUNIDADES DE VIDA CRISTÃ (CVX) -LIGA MISSIONÁRIA DE ESTUDANTES DA ITÁLIA

DISCURSO PREPARADO PELO SANTO PADRE
[…] Conheço bem a vossa Associação, porque eu era assistente nacional na
Argentina, no final dos anos setenta. As vossas raízes afundam nas Congregações
marianas, que remontam à primeira geração dos companheiros de santo Inácio de
Loyola. Trata-se de um longo percurso no qual a Associação se distinguiu no mundo
inteiro pela intensa vida espiritual e pelo zelo apostólico dos seus membros, e
antecipando sob certos pontos de vista os preceitos do Concílio Vaticano II acerca
do papel e do serviço dos fiéis leigos na Igreja. Foi no sulco desta perspectiva que
escolhestes o tema do vosso Congresso, que tem como título: «Além dos muros».
Hoje, gostaria de vos oferecer algumas indicações para o vosso caminho espiritual e
comunitário. […]

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REGINA COELI

Depois do Regina Coeli:
Amados irmãos e irmãs!
Nestas horas estão a chegar notícias relativas a uma nova tragédia nas águas do
Mediterrâneo. Uma barca cheia de migrantes virou na noite passada a cerca de 60
milhas da costa líbica e teme-se que haja centenas de vítimas. Expresso a minha
mais sentida dor face a tal tragédia e garanto pelos mortos e suas famílias a minha
recordação e oração. Dirijo um urgente apelo para que a comunidade internacional
aja com decisão e rapidez, a fim de evitar que semelhantes tragédias voltem a
repetir-se. São homens e mulheres como nós, nossos irmãos que procuram uma
vida melhor, famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas de guerras;
procuram uma vida melhor. Procuravam a felicidade… Convido-vos a rezar primeiro
em silêncio e depois todos juntos por estes irmãos e irmãs.
Ave Maria… […]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOAO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ITALIANASERGIO MATTARELLA

Senhor Presidente!
[…] Por fim, desejo expressar a minha gratidão pelo compromisso que a Itália está
a realizar para acolher os numerosos migrantes que, com o risco da própria vida,
pedem acolhimento. É evidente que as proporções do fenómeno exigem um
empenhamento muito mais amplo. Não nos devemos cansar de solicitar um
compromisso mais extenso a nível europeu e internacional. […]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOAOS MEMBROS DA ASSOCIAÇÃO CATÓLICA INTERNACIONALAO SERVIÇO DA JUVENTUDE FEMININA (ACISJF)

Queridos irmãos e irmãs
[…]Exprimo a minha gratidão pelo vosso generoso compromisso ao serviço das
jovens que vivem em situações de precariedade e de sofrimento. O aumento
significativo do seu número e as várias formas de pobreza que as atingem
interpelam-nos e devem suscitar uma nova criatividade, para lhes oferecer o apoio
material e espiritual de que necessitam. Sim, é uma verdadeira felicidade servir os
outros, como Jesus. Mediante as actividades permanentes de acolhimento —
quanta necessidade de acolhimento têm estas jovens, quanta necessidade de
acolhimento! — e também através de uma reflexão para enfrentar os novos
desafios gerados pelo mundo de hoje, como por exemplo o fenómeno migratório, a
vossa acção quer estar ao serviço da vida e da dignidade da pessoa,
testemunhando que «a verdadeira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do
dom de si mesmo… do serviço» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 88). As jovens que
vós acompanhais têm, em primeiro lugar, a necessidade de atenção e de escuta.
Aquele «apostolado do ouvido» tão humano e tão divino cansa, é cansativo, mas
faz muito bem! Elas precisam disso. Assim podeis ajudá-las a crescer na confiança,
a encontrar pontos de referência e a progredir na maturidade humana e espiritual,
alimentada pelos valores evangélicos. Possais ser em relação a elas testemunhas
críveis, para que façam a experiência da alegria de saber que são amadas por
Deus, seu Pai, e chamadas à felicidade! […]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCOAOS PARTICIPANTES NA SESSÃO PLENÁRIADA PONTIFÍCIA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS

Estimados irmãos e irmãs!
Sede bem-vindos, membros da Pontifícia Academia das Ciências Sociais e
participantes nesta sessão plenária dedicada ao tráfico de pessoas. Estou grato
pelas amáveis expressões da Presidente, Senhora Margaret Archer. Saúdo-vos
todos cordialmente, enquanto vos asseguro a minha profunda gratidão por aquilo
que esta Academia continua a levar a cabo para aprofundar o conhecimento das
novas formas de escravidão e para erradicar o tráfico de seres humanos, com a
única intenção de servir o homem, de maneira especial as pessoas marginalizadas e
excluídas.
Como cristãos, vós sentis que sois interpelados pelo Sermão da Montanha do
Senhor Jesus e também pelo «protocolo» com o qual seremos julgados no fim da
nossa vida, segundo o Evangelho de Mateus, no capítulo 25. «Bem-aventurados os

pobres, bem-aventurados os que choram, porque serão consolados, bem-
aventurados os mansos, bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,

bem-aventurados os misericordiosos, bem-aventurados os puros de coração, bem-
aventurados os pacíficos, bem-aventurados os que são perseguidos por causa da

justiça, porque possuirão a terra, porque serão chamados filhos de Deus, porque
verão a Deus!» (cf. Mt 5, 3-10). Os «benditos do Pai», os seus filhos que O verão
são aqueles que se preocupam com os últimos e que amam os mais pequeninos
dos seus irmãos: «Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes», diz o Senhor (cf. Mt 25, 40).
E hoje, entre os nossos irmãos mais necessitados encontram-se aqueles que
padecem a tragédia das modernas formas de escravidão, do trabalho forçado, do
trabalho escravo, da prostituição, do tráfico de órgãos e da droga.
[…]
[…] Infelizmente num sistema de economia global, dominado pelo lucro,
desenvolveram-se novas formas de escravidão que de certa maneira são piores e
até mais desumanizantes em relação às do passado. Por conseguinte, ainda mais
nos dias de hoje, seguindo a mensagem de redenção do Senhor, somos chamados
a denunciá-las e a combatê-las. Antes de tudo, temos o dever de despertar cada
vez mais a consciência acerca deste novo mal que, no mundo global, se deseja
ocultar porque é escandaloso e «politicamente incorrecto». Ninguém gosta de
reconhecer que na sua cidade, mas também no seu bairro, na sua região ou na sua
nação existem novas formas de escravidão, enquanto sabemos que esta chaga diz
respeito praticamente a todos os países. Além disso, temos o dever de denunciar
este flagelo terrível na sua gravidade. Já o Papa Bento XVI condenou sem
subterfúgios todas as violações contra a igualdade de dignidade entre os seres
humanos (cf. Discurso ao novo Embaixador da República Federal da Alemanha
junto da Santa Sé, 7 de Novembro de 2011). Por minha vez, já declarei várias
vezes que estas novas formas de escravidão — tráfico de seres humanos, trabalho

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forçado, prostituição e comércio de órgãos — «constituem crimes extremamente
graves, uma ferida no corpo da humanidade contemporânea» (Discurso aos
participantes na II Conferência internacional sobre «Combating Human Traffiking»,
10 de Abril de 2014). A sociedade inteira está chamada a amadurecer esta
consciência, de forma particular no que se refere à legislação nacional e
internacional, de maneira a poder entregar os traficantes à justiça e reinvestir os
seus lucros injustos na reabilitação das vítimas. Dever-se-ia procurar modalidades
mais idóneas para penalizar quantos se tornam cúmplices deste mercado
desumano. Estamos chamados a melhorar as modalidades de resgate e de inclusão
social das vítimas, actualizando também os regulamentos sobre o direito de asilo. É
necessário que aumente a consciência das autoridades civis a respeito da gravidade
de tal tragédia, que constitui uma regressão da humanidade. E muitas vezes —
tantas vezes! — estas novas formas de escravidão são protegidas pelas instituições
que devem defender a população contra tais delitos.[…]