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PAPA FRANCISCO ANGELUS

[…] Permanece grave a situação na Síria, em especial na província de Daraa, onde as ações militares destes últimos dias atingiram também escolas e hospitais, provocando milhares de novos refugiados. Juntamente com a oração, renovo o meu apelo a fim de que à população, já duramente provada há anos, sejam poupados ulteriores sofrimentos. […]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCO AOS PARTICIPANTES NO SIMPÓSIO ORGANIZADO PELA FUNDAÇÃO “CENTESIMUS ANNUS – PRO PONTIFICE”

[…] As atuais dificuldades e crises no sistema económico têm uma inegável dimensão ética: estão relacionadas com uma mentalidade de egoísmo e de exclusão que gerou concretamente uma cultura do descarte, cega em relação à dignidade humana dos mais vulneráveis. Vemo-lo na crescente “globalização da indiferença” face aos evidentes desafios morais que a família humana está chamada a enfrentar. Penso sobretudo nos multíplices obstáculos ao desenvolvimento humano integral de tantos nossos irmãos e irmãs, não só nos países materialmente mais pobres mas cada vez mais também no meio da opulência do mundo desenvolvido. Penso igualmente nas urgentes questões éticas relacionadas com os movimentos migratórios mundiais. […]

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCO POR OCASIÃO DA APRESENTAÇÃO DAS CARTAS CREDENCIAIS DOS NOVOS EMBAIXADORES DA TANZÂNIA, LESOTO, PAQUISTÃO, MONGÓLIA, DINAMARCA, ETIÓPIA E FINLÂNDIA JUNTO À SANTA SÉ

[…] Entre as questões humanitárias mais urgentes que a comunidade internacional tem agora diante de si encontra-se a necessidade de acolher, proteger, promover e integrar quantos fogem da guerra e da fome ou são obrigados a deixar as suas terras devido a discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental. Como tive ocasião de recordar na minha mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano, tal problema tem uma dimensão intrinsecamente ética, que transcende os confins nacionais e as concessões limitadas acerca da segurança e do próprio interesse. Não obstante a complexidade e a delicadeza das questões políticas e sociais implicadas, cada uma das nações e a comunidade internacional são chamadas a contribuir do melhor modo possível para a obra de pacificação e de reconciliação, mediante decisões e políticas caraterizadas sobretudo por compaixão, clarividência e coragem. […]

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MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A 101ª JORNADA DOS FIÉIS CATÓLICOS ALEMÃES (KATHOLIKENTAG)

Queridos irmãos e irmãs! Saúdo cordialmente todos vós por ocasião do 101º Katholikentag que se realiza em Münster e estou feliz por serdes tão numerosos. A vossa participação é um sinal claro de quanto vos está a peito o lema deste Katholikentag: «Busca a paz». Esta expressão foi tirada do Salmo 34: «Desvia-te do mal e pratica o bem, busca a paz e segue-a» (v. 15). É um imperativo e um pedido de ajuda de extrema atualidade. Hoje não há tema mais importante no debate público sobre a religião que o problema do fanatismo e da propensão à violência. Observamos isto na esfera familiar, nos lugares de trabalho, nas associações, nos bairros, nas regiões e nas nações: onde quer que o homem como tal não seja considerado um dom de Deus há desacordo, ressentimento e ódio. Estou profundamente preocupado pelas pessoas, de modo especial pelas crianças e jovens, que são obrigados a fugir para salvar a vida por causa da guerra e da violência nos próprios países. Batem às nossas portas pedindo ajuda e acolhimento. Nos seus olhos vemos a nostalgia da paz. […]

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MENSAGEM VÍDEO DO PAPA FRANCISCO AOS PARTICIPANTES NO 2º FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE A ESCRAVIDÃO MODERNA

Estimados irmãos e irmãs! Foi com prazer que aceitei o convite a dirigir uma saudação a vós, que participais neste Fórum sobre as modernas formas de escravidão «Velhos problemas no novo mundo», organizado pela Arquidiocese ortodoxa de Buenos Aires, guiada pelo amado Metropolita Tarasios, e pelo Instituto ortodoxo «Patriarca Atenágoras» de Berkeley, na Califórnia, e com o patrocínio do Patriarcado ecuménico. Antes de tudo, exprimo o meu agradecimento mais sentido ao Patriarca ecuménico, Sua Santidade Bartolomeu I, e ao Arcebispo de Canterbury, Sua Graça Justin Welby, que no ano passado inauguraram este Fórum. Consola-me saber que compartilhamos a mesma preocupação pelas vítimas da escravidão moderna. A escravidão não é algo de outros tempos. É uma prática que tem raízes profundas e que se manifesta ainda hoje e de muitas formas diferentes: tráfico de seres humanos, exploração do trabalho através de dívidas, exploração de menores, exploração sexual e de trabalhos domésticos forçados são algumas destas numerosas formas. Todas graves e desumanas. Não obstante a falta de informação disponível sobre algumas regiões do mundo, os números são dramaticamente elevados e, com muita probabilidade, subestimados. Segundo estatísticas recentes, haveria mais de 40 milhões de pessoas, homens, mas sobretudo mulheres e crianças, que sofrem por causa da escravidão. Só para termos uma ideia, podemos pensar que se vivessem numa única cidade, seria a maior metrópole do nosso planeta e teria, mais ou menos, o quádruplo de toda a população urbana de Buenos Aires e da Grande Buenos Aires. Perante esta trágica realidade, ninguém pode lavar as próprias mãos, se não quiser ser, de certa forma, cúmplice deste crime contra a humanidade. Um primeiro compromisso que se impõe é pôr em ação uma estratégia que permita um conhecimento importante do tema, dilacerando aquele véu de indiferença que parece pesar sobre o destino desta porção da humanidade que padece, que continua a sofrer. Parece que muitos não querem compreender a dimensão do problema. Existem algumas pessoas que, envolvidas diretamente em organizações criminosas, não querem que se fale sobre isto, simplesmente porque, graças às novas formas de escravidão, obtêm elevados benefícios. Além disso, há também aqueles que, não obstante conheçam o problema, não querem falar porque se encontram onde termina a «cadeia de consumo», como consumidores de “serviços” oferecidos por homens, mulheres e crianças transformados em escravos. Não podemos fingir que estamos distraídos: todos nós somos chamados a sair de qualquer forma de hipocrisia, enfrentando a realidade de sermos parte do problema. O problema não está na calçada à minha frente: envolve-me. Não nos é permitido olhar para o outro lado e declarar a nossa ignorância ou inocência. Um segundo compromisso consiste em agir a favor daqueles que são transformados em escravos: defender os seus direitos, impedir que os corruptos e os criminosos escapem à justiça e tenham a última palavra sobre as pessoas exploradas. Não é suficiente que alguns Estados e Organismos internacionais adotem uma política particularmente dura, quando querem punir a exploração de seres humanos, se depois não são enfrentadas as suas causas, as raízes mais profundas do problema. Quando os países sofrem de pobreza extrema, violência e corrupção, nem a economia, nem o quadro legislativo, nem sequer as infraestruturas de base são eficazes; não conseguem garantir a segurança, nem os bens, nem os direitos essenciais. Deste modo, é mais fácil que os autores destes crimes continuem a agir com total impunidade. Além disso, existe um dado sociológico: a criminalidade organizada e o tráfico ilegal de seres humanos escolhem as suas vítimas entre as pessoas que hoje têm escassos meios de subsistência e ainda menos esperanças no futuro. Para ser mais claro: os pobres, os mais marginalizados e os descartados. A principal resposta consiste em criar oportunidades para um desenvolvimento integral, a começar por uma educação de qualidade: este é o ponto-chave, uma educação de qualidade desde a primeira infância, para continuar a gerar em seguida novas oportunidades de crescimento através do trabalho. Educação e trabalho. Esta obra imensa, que exige coragem, paciência e perseverança, tem necessidade de um esforço comum e global por parte de vários protagonistas que compõem a sociedade. Inclusive as Igrejas devem comprometer-se a favor disto. Enquanto indivíduos e grupos especulam vergonhosamente sobre a escravidão, nós cristãos, todos juntos, somos chamados a desenvolver uma colaboração cada vez maior, a fim de que se superem todos os tipos de desigualdade e discriminação, pois são precisamente elas que tornam possível que um homem escravize outro. Um compromisso comum para enfrentar este desafio será uma ajuda preciosa para a construção de uma sociedade renovada e orientada para a liberdade, a justiça e a paz. Faço votos para que este Fórum tenha bom êxito; peço ao Senhor que vos abençoe e abençoe também o trabalho que estais a fazer. E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. Obrigado!

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VISITA PASTORAL DO PAPA FRANCISCO A ALESSANO (LECCE) E A MOLFETTA (BARI) POR OCASIÃO DO 25º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE DOM TONINO BELLO [20 DE ABRIL DE 2018] ENCONTRO COM OS FIÉIS DISCURSO DO SANTO PADRE

[…] Estimados irmãos e irmãs, esta vocação de paz pertence à vossa terra, a esta maravilhosa terra de fronteira — finis-terrae — que D. Tonino chamava “terrajanela”, porque do Sul da Itália se abre para os muitos países do Sul do mundo, onde «os mais pobres são cada vez mais numerosos enquanto os ricos se tornam cada vez mais ricos e menos numerosos».[4] Sois uma «janela aberta, da qual se observam todas as pobrezas que pairam sobre a história»,[5] mas sobretudo sois uma janela de esperança a fim de que o Mediterrâneo, histórica bacia de civilização, nunca seja um arco de guerra tenso, mas uma arca de paz acolhedora.[6] […]

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PAPA FRANCISCO REGINA COELI

[…] Dirijo uma saudação especial aos Rom e aos Sinti aqui presentes, por ocasião da seu Dia internacional, o “Romanò Dives”. Desejo paz e fraternidade aos membros destes povos antigos, e faço votos de que o dia de hoje favoreça a cultura do encontro, com a boa vontade de se conhecer e respeitar reciprocamente. É este o caminho que leva a uma integração verdadeira. Queridos Rom e Sinti, rezai por mim e rezai juntos pelos vossos irmãos refugiados sírios. […]

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MENSAGEM URBI ET ORBI DO PAPA FRANCISCO PÁSCOA 2018

[…] Nós, cristãos, acreditamos e sabemos que a ressurreição de Cristo é a verdadeira esperança do mundo, a esperança que não decepciona. É a força do grão de trigo, a do amor que se humilha e oferece até ao fim e que verdadeiramente renova o mundo. Esta força dá fruto também hoje nos sulcos da nossa história, marcada por tantas injustiças e violências. Dá frutos de esperança e dignidade onde há miséria e exclusão, onde há fome e falta trabalho, no meio dos deslocados e refugiados – frequentemente rejeitados pela cultura atual do descarte – das vítimas do narcotráfico, do tráfico de pessoas e da escravidão dos nossos tempos. E nós, hoje, pedimos frutos de paz para o mundo inteiro, a começar pela amada e martirizada Síria, cuja população se encontra exausta por uma guerra sem um fim à vista. Nesta Páscoa, a luz de Cristo Ressuscitado ilumine as consciências de todos os responsáveis políticos e militares, para que se ponha imediatamente termo ao extermínio em curso, respeite o direito humanitário e proveja a facilitar o acesso às ajudas de que têm urgente necessidade estes nossos irmãos e irmãs, assegurando ao mesmo tempo condições adequadas para o regresso de quantos foram desalojados. […] Frutos de esperança, suplicamos neste dia para todos aqueles que anseiam por uma vida mais digna, especialmente nas regiões do continente africano atormentadas pela fome, por conflitos endémicos e pelo terrorismo. A paz do Ressuscitado cure as feridas no Sudão do Sul: abra os corações ao diálogo e à compreensão mútua. Não esqueçamos as vítimas daquele conflito, sobretudo as crianças! Não falte a solidariedade em prol das inúmeras pessoas forçadas a abandonar as suas terras e privadas do mínimo necessário para vive [..]

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VIA-SACRA NO COLISEU PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO

[…] a esperança porque muitos missionários e missionárias continuam, ainda hoje, a desafiar a consciência adormecida da humanidade, arriscando a vida para te servir nos pobres, nos descartados, nos imigrantes, nos invisíveis, nos explorados, nos famintos e nos encarcerados;[…]

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VISITA PASTORAL DO PAPA FRANCISCO A PIETRELCINA E A SAN GIOVANNI ROTONDO, NO 50º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE SÃO PIO DE PIETRELCINA ENCONTRO COM OS FIÉIS DISCURSO DO SANTO PADRE

[…] A migração interna dos jovens é um problema. Rezai a Nossa Senhora para que vos conceda a graça de que os jovens encontrem trabalho aqui, entre vós, perto da família, e não sejam obrigados a partir à procura de um trabalho e a aldeia decresce, decresce. A população envelhece, mas é um tesouro, os idosos são um tesouro! Por favor, não marginalizeis os idosos. Não se pode marginalizar os velhos, não. Os idosos são a sabedoria. E que os idosos aprendam a falar com os jovens, e os jovens com os velhos. Os idosos têm em si a sabedoria de uma aldeia. Quando cheguei, tive o grande prazer de saudar um homem de 99 anos, e uma “menina” de 97. É muito bonito! Eles são a vossa sabedoria! Falai com eles. Que sejam protagonistas do crescimento desta aldeia. A intercessão do vosso santo concidadão sustente os propósitos de unir as forças, de modo a oferecer sobretudo às jovens gerações perspetivas concretas para um futuro de esperança. Não falte uma atenção solícita e cheia de ternura — como eu disse — aos idosos, que são um património incomparável das nossas comunidades. Gostaria que um dia se atribuísse o prémio Nobel aos idosos, que são a memória da humanidade.[…]